Apesar de brejeiro Tião tinha lá suas vaidades e caprichos... Era um comum mas não desejava uma vida comum ao lado de Fulô... Sonhara em tê-la como joia rara no centro de um belo jardim... Os tempos difíceis aumentavam cada dia mais a distância deste sonho realizado...
No ápice do desespero por tamanha impotência de não conseguir tal feito e se encontrando sem eira nem beira, ouvira da amada com grande tristeza advertência, dos provedores da mesma sobre a negação para possível socorro caso incorresse em erro de contrair convivência afetiva mais próxima com a joia rara do reino sucupirano...
Não deu outra... Sem dar nem pedir explicação, (o destinho cruel os condenaria ali a tristeza e desilusões quase que eternas) bateu botas cabisbaixo rumo ao nada...
Um nada só poderia ir em busca do outro nada... Como um nada poderia ter o tudo? Fulô era, é e sempre será tudo...
Amargaria no porvir dos anos, dias e noites de tristeza e saudades...
E nunca mais andaria nos trilhos... Nunca mais... Nem sonhara em ser feliz...
Como uma papoula rubra Fulô resistira às intempéries e à rusticidade do rastel insensível...
Encantadora como sempre fora...
Tenho dito... E sempre!!!
Manuel de Jesus
Membro da APL
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