quinta-feira, 4 de setembro de 2014

ASSIM, FAZ A CANETA CORRER




Assim, faz a caneta correr

Sumida da escrita porquê,
A lida consome o tempo
O tempo limita as horas
E não tem escapatória
Quando se vê, o dia passou.

Mas quando se faz o que gosta
Arruma-se um jeito daqui e dali
Ajeita, deixa feito, ou desfeito
O trabalho, a canseira.

Assim, faz a caneta correr
Entre as linhas do papel descrever:
Fatos, valores, amores...
Assim como a seiva circula as folhas
É nesse mesmo vai e vem,
Que a ponta da caneta rabisca,
Imagina, prospera, pondera...

A mente adoça,
Aguça, encuca
Mais que de repente
Surge o sabor,
Sabor de mel, ou fel.
E é nessa inquietação,
Que o texto surge.

Literatura?
Quem sabe!
Poderia ser um cordel!
Apresentando um conto
Improvisado, arretado.
Daqueles que deixa o leitor
Atordoado, estonteado!

Na ansiedade ele pula
Do começo para o fim
Não lê as entrelinhas
Para entender,
O que o deveria saber
Logo que terminasse
A história de ler.

Airla Gomes M. Barboza
Membro da APL

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