É, família é tudo
Tudo que precisamos ter
É a essência do ser
Do ser feliz
Do ser fraterno
Família, amor eterno.
Pobre quem não a tem
Coitado, pobre ser
Não tem com quem contar
Ao se entristecer
Não tem com quem sorrir
Quando a alegria surgir.
Família unida é tudo
Alegria para a alma
Onde o diálogo traz calma.
Claudene Teles
Araquém, Coreaú-CE
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015
CAMPO DA BARRAGEM
Quando o dia amanhecia em Coreaú, no início dos anos 1980, especialmente nos finais de semana, a primeira providência era me juntar ao irmão Gerôncio, aos amigos de infância do bairro, mais precisamente aos da Rua Joaquim Machado (onde morei), Rua do Peão, Rua de Baixo (Rabo da Gata) e Rua dos Boeiros (apelido de uma família), a fim de jogarmos de bola (futebol) no campinho da barragem que dá acesso hoje à ponte do Rio Coreaú rumo ao distrito de Araquém. O campo ficava às margens do rio, por detrás, atualmente, da oficina mecânica do Dill e da oficina de bicicletas do Gentil (outro irmão meu).
Meu pai não aceitava muito a ideia de que jogássemos bola, pois tinha receio de que quebrássemos a perna ou o braço. Mesmo assim, teimosos, e às escondidas, deliciávamo-nos no campinho. Ao final de cada partida, o time perdedor corria para dentro do rio e ficava tomando banho, de modo a diminuir o cansaço e acabar com a suadeira no corpo. Como a água não era tão impura, às vezes até dela bebíamos, diminuindo nossa sede. No meio da manhã, perto das 9 horas, exaustos e com fome, tomávamos refresco de Q-suco com pão ou “solda de massa do trigo”, que eram feitos na padaria do seu Quico (avô materno do advogado Marden Fontenele).
O goleiro dos times que íamos formando ficava entre duas traves (geralmente duas estacas de madeira que retirávamos de algum cercado próximo ao rio). Aquele era escolhido dentre os que não se destacavam na “linha”. Havia os preferidos para atacante (ou centroavantes) por dominarem bem a bola e por serem exímios dribladores e goleadores com jogadas espetaculares. Nesse rol, destaque para o Juquinha (filho do senhor Edmílson Boeiro) e para o Benedito Tiziu (filho da dona Mazé Nicasso, ou Mazé Alprimo).
Eram vários os nossos contemporâneos, todavia recordo-me perfeitamente dos amigos como o Lilico e o Baía (filhos do Chico Martins), o primo Idelmond e o irmão dele Baía (hoje Zematur), o Beneditinho do João Quintiliano, o Raminho do Raimundo Juvenal, o Babá e o Helinho (irmãos do Juquinha), o Bartolomeu, o Totinho e o Valdir (irmãos do Nonato do Feijão), o Raniere (hoje Grendene), o Bernardone (apelidado Canona, que é irmão do Tiziu), o Joélio do Zé Belchior e até o Dr. Francimor.
De todos os citados acima, o Juquinha era o único com vaga garantida, por ser considerado um craque. Infelizmente não se encontra mais entre nós.
O campinho da barragem não mais existe. Dele, restam estas doces lembranças.
Fernando Machado Albuquerque
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