E já que a crônica continua,
Eis mais historietas e tipos humanos da Palma:
Quem lembra da COBAL, ao lado do Mercado Público?
Foi o nosso supermercado, a mercearia ambulante.
Andando rua abaixo, vi o seu Antonio Alves,
com o calçamento espraiado de chapéu.
E não posso deixar de falar do saudoso e inesquecível Antônio Araújo,
o seu Toin, ao lado do oitão da casa, espraiando o chapéu pra “informar” depois.
Sob a caldeira escaldante, vi muitas vezes o seu Chaves, com o seu rosto pingando de suor,
enfrentando o caldeirão ardente.
Ser da Palma é ter visto e sentido tantas coisas...
Coisas que estão na parede da memória, coisas que não se apagam, não se vão!
Nem o tempo é capaz de apagar.
Ser da Palma é ter dançado no forró pé-de-serra, no xote da sanfona do Raimundo Cassimiro
ou do Timbeba, na cabana do Dourado.
Ser da Palma é ter conhecido a Barbearia “O Zé Irineu”. O seu Zé, com retrato de mulheres sensuais na parede, fazendo cabelo, barba e bigode.Na parede, as pinturas realistas e tridimensional, com Nossa Senhora na copa da árvore salvando um caçador das presas de uma cobra gigante.
Ao lado da memorável barbearia, no casarão da esquina, estava o ilustre Ubirajara Angelim, registrando a meninada que nascia.
Tudo isso e muito mais foi a Palma de outrora, dos tempos dourados que não voltam mais!!!