sexta-feira, 29 de novembro de 2013

SIMPLICIDADE

Se tudo fosse simples
Se o simples fosse fácil
Se o fácil fosse possível
Se possível fosse
Mudaria tudo
Se o se permitisse.

Lion Nazaro
[pseudônimo de um coreauense
de Araquém, publicado originalmente
no blog Araquém News]

CATIVANTE AMOR

Meu sentimento era águia cativante.
Aprisionado neste peito.
Ansiosa pela chegada de alguém.
Que deste a liberdade da sutil prisão.
E tu chegaste!
Transformou, anjo meu, este coração
Em  semente de grilhões com total liberdade,
Pois meu amor de novo está cativante,
Porém nos tons da felicidade....

Juliana Maria
Coreaú/CE

domingo, 3 de novembro de 2013

A SEMENTE QUE PLANTASTE

aquela semente que plantaste
em meio peito
tem doído ao germinar
dói tanto
inda mais quando me deito
e me afundo em alumbrar
da ternura que me deste
com o amor que então fizeste
para a gente se juntar
contrafeito é o esforço
empreendido em esquecer
que o amor que por ti sinto
inda que faça doer
é o amor que cresce em mim
faz a vida ter um fim
que seja ao teu lado
doído, ou não, ou sim
ao teu lado.

Benedito Gomes Rodrigues

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

A FALÊNCIA...

Apesar de brejeiro Tião tinha lá suas vaidades e caprichos... Era um comum mas não desejava uma vida comum ao lado de Fulô... Sonhara em tê-la como joia rara no centro de um belo jardim... Os tempos difíceis aumentavam cada dia mais a distância deste sonho realizado...

No ápice do desespero por tamanha impotência de não conseguir tal feito e se encontrando sem eira nem beira, ouvira da amada com grande tristeza advertência, dos provedores da mesma sobre a negação para possível socorro caso incorresse em erro de contrair convivência afetiva mais próxima com a joia rara do reino sucupirano...

Não deu outra... Sem dar nem pedir explicação, (o destinho cruel os condenaria ali a tristeza e desilusões quase que eternas) bateu botas cabisbaixo rumo ao nada...

Um nada só poderia ir em busca do outro nada... Como um nada poderia ter o tudo? Fulô era, é e sempre será tudo... 

Amargaria no porvir dos anos, dias e noites de tristeza e saudades...

E nunca mais andaria nos trilhos... Nunca mais... Nem sonhara em ser feliz... 

Como uma papoula rubra Fulô resistira às intempéries e à rusticidade do rastel insensível... 

Encantadora como sempre fora...

Tenho dito... E sempre!!!


Manuel de Jesus
Membro da APL