Pintura de René Magritte. |
Aos domingos vago pelas ruas desertas,
E calmas. Nelas, eu e algumas pessoas
A caminho da igreja. Em pensamentos,
A cabeça silencia até ao destino chegar.
Vejo tudo e nada vejo, isso é fato, é traquejo,
Reflexão, indagação, ou exclamação?
Vago só, ou não, então... O olhar se perde
Na sombra acinzentada no chão.
Ideias, não me faltam! Mas a pressa de expor
Gera dúvida nas propostas e ficam sem respostas.
É! Em meios a tanto suspense, chega muito de repente
A lembrança do passado, do ausente, do presente, ciente...
Vida, vivida, medida! Que programa determina,
Predestina. suscetível a erro, acerto, desfecho
Finalizado, inacabado, atormentado, ou explicado.
Assim flutuamos na imensidão do cosmos.
Enquanto isso: a obscuridade meu eu adormeci
Fantasiando objetos, vidas e existências inusitadas,
Que permeiam a roda viva que gira incessantemente.
Airla Gomes M. Barboza
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