quarta-feira, 31 de julho de 2013

DA SÉRIE: ETERNO PROFESSOR...

E por que as aulas retomam seu curso, eis que este escriba-mor sucupirano relata momentos de ensaios com a prole que se prepara para as avaliações vindouras... Clique  aqui e leia, amigo navegante.

Manuel de Jesus

terça-feira, 30 de julho de 2013

DEVORADOR DE POESIAS

Tragam-nas
As poesias
Devoro-as
Saboreando
Cada verso.

Um universo
Entrelaçado
Entre os trechos
E os traços
Que entrançam
Víscera e voz
Num algoz
Sabor de pura
E completa
Inconsciência.

Eis a poesia
A indecência
De dizer
Mais do que queres
Com menos
Palavras.

Eis a poesia
Que o traga
No redemoinho
Do sentido
E do que
Não cabe
Nele e nada.

Eis a poesia
Que te devora
Na aurora
Do sentido
Indecifrável
Do ritmo
Infindável
De teu pulsar
Inumano.

Eis a poesia
Que não te cabe
Mas que engoles
Ao sentir o sabor
Da tua ignorância.

Mal sabes
Que engolindo
As poesias
Elas é que te engolem!

Benedito Gomes Rodrigues
Membro da APL

segunda-feira, 29 de julho de 2013

ROSA


Murcharam as rosas 
Restaram os espinhos...

Tanta alegria 
Fizeste ao meu coração 
Eram rosas, lindas rosas 
Deixava-as em meu portão.

Era tanto amor 
Uma forte magia 
Nada cessava 
Nossa alegria.

Murcharam as rosas 
Restaram os espinhos...

Foram-se os dias de glória 
Restaram os de mágoas e dor 
Nada de rosas ao portão 
Nada de amor.

Foram-se 
Sem nenhuma explicação 
E respostas procuro 
Por que dói meu coração?

Murcharam as rosas 
Restaram os espinhos...

Nataliane Ribeiro
Coreaú - CE

CORAGEM PRA LUTAR

Pintura de Wassily Kandinsky.

Os sonhos
Que seus antepassados sonharam
Materializados em luta
Conquistaram seu direito de se expressar.

O sangue
Que seus antepassados derramaram
Na Avenida Brasil
Conquistaram seu direito de votar.

A ousadia
Que seus antepassados tiveram
Nas veredas da vida
Exige de você:

Coragem pra luta não parar.


Membro-correspondente da APL, de Acopiara - CE

MÁ APOSTA

Pintura de Almada Negreiros.
Joguei as cartas ao vento
Rasguei-as para que as lesse melhor
Nelas estavam as sortes de outrora
Embora o outrora seja hoje maior
Julguei perdê-las nesse intento
Mas o tal maldito vento mudou
E as jogou bem na minha cara
Mandara-as embora e não adiantou
Maldito vento que tanto teimou
Maldito jogo que ela criou
Maldito eu que temi tê-la
E joguei as cartas
O tempo voltou
E paguei
Só.

Má aposta.

Benedito Gomes Rodrigues
Membro da APL

sábado, 27 de julho de 2013

SILENCIO

Calma y Silencio, de Nina Reyes Guzmán.
Acordo esquisito no meio da noite,
Minhas pálpebras ainda pesam pelo excesso de sono,
Mas logo percebo que há algo diferente comigo,
Uma voz parece berrar dentro de minha cabeça.

Não consigo identificar que tipo de som tão espantoso e grave é aquele,
Levanto-me rapidamente sem saber o que fazer,
Levo minhas mãos até meus ouvidos,
Porém, aquele barulho continua a ensurdecer-me.

Inutilmente tomo um copo com água,
Já não sei o que fazer,
Muito menos o que aquele barulho significa,
Volto a deitar-me em meu leito.

Fico olhando o telhado,
Enquanto tento identificar aquele barulho tão familiar,
Passo a perguntar-me se estou ficando maluco,
Ou se ainda estou dormindo.

Repentinamente identifico todo aquele som,
Minhas mãos antes trêmulas,
Agora se tranquilizavam ao notar que não era nada,
Além do ensurdecedor som do silencio.

Kelvis Albuquerque

EPANÁFORA

Tu és a epanáfora dos meus dias.
Meus pensamentos em ti
Nascem com a autora,
E se repetem
A cada amanhecer.

Bheron Rocha

sexta-feira, 26 de julho de 2013

SOBRE A POESIA

A poesia que corta o texto
Passa-se no homem em ação
Fábula em constante construção
Enquanto o tempo lhe aprazer
Só há chance de lhe entender
Mudando o foco e o contexto
E usando-a como pretexto
Pra criança renascer.

Porque a poesia que conheço
Vai transversal por natureza
Transbordando sua beleza
Ao decorrer da livre escrita
E há, além, poesia não dita
Poesia de quando emudeço
Poesia de quanto eu esqueço
Calo-me e o corpo grita.


Benedito Gomes Rodrigues
Membro da APL

quinta-feira, 25 de julho de 2013

O SONHO SUPERA A DIFICULDADE

Era meado da década dos anos setenta e, numa pacata cidade do interior do Ceará, um jovem adolescente de 13 anos começou a cursar a oitava e última série do ensino ginasial, então chamado 1.º grau maior. Apesar de o colégio distar não mais que 40 m de sua residência, quase sempre chegava atrasado às aulas e muitas vezes sem tomar o café da manhã, para não se atrasar mais ainda. E isso tem explicação e justificativa. Ainda assim, foi um dos melhores alunos da turma. 
O pai do adolescente era agropecuarista e pequeno comerciante, e a prole era grande. No entanto, pela manhã, com frequência era escalado o menino para conduzir o gado leiteiro ao cercado para alimentar-se e trazer os animais (jumentos e burro) para irem a outra propriedade da família no turno vespertino, ao passo que outro irmão iria buscar o gado ao final de tarde, levando os animais para o descanso e alimentação. 
Ocorre que o cercado que alimentava o gado leiteiro e os animais tinha muita capoeira (área de mata fechada), intercalada com aberturas de relva verde, alegria e satisfação dos bichos. No entanto, muitas vezes, depois de passarem a noite comendo, pela manhã, os animais ficavam escondidos no interior de uma das capoeiras (e eram muitas), aí aja tempo para procurá-los. Quase sempre a busca não tinha sucesso, e o adolescente voltava quase no meio da manhã e sem nenhum animal. Avisado do ocorrido, o próprio pai tinha de fechar o comércio e ir campear os animais. E isso corria o ano inteiro. Não tinha tempo bom, pois no inverno a mata fica mais fechada e escura, e no verão os caules das árvores e as folhas secas se confundiam com as cores dos animais. 
Então, numa certa manhã, após uma busca infrutífera, e de chegar bem atrasado no colégio, o diretor (que também era professor de matemática) indagou ao aluno na sala de aula e na presença de todos os colegas por que ele chegava quase sempre muito atrasado para assistir as aulas e se morava na mesma rua do colégio. O aluno respondeu: Quer mesmo saber o motivo professor? E contou tudo, nos termos narrados acima. 
No entanto, naquele ano, apesar dos muitos atrasos às aulas, o aluno fechou a matéria de matemática do professor/diretor com 08 (oito) notas mensais 10 (dez). E naquele tempo havia tudo: testes, provas e arguições (no quadro negro). 
Moral da história: nunca desista de seus sonhos. 
Boa Vista/RR, 23 de julho de 2013. 

Cosmo Carvalho
Engenheiro e Advogado

quarta-feira, 24 de julho de 2013

PODEROSA MISÉRIA HUMANA

Pintura de Rodrigo Machado.
Salve-se quem puder!
Os relógios todos pararam
As máquinas desandaram
Carro nem de marcha ré.

Nada mais há de moderno
Cederam-se as invenções
Pararam-se as nações
O que se pensava eterno!

Tudo decaiu duma só vez!

E esse era o final das contas
Ninguém mais precisaria
Pagar conta de energia
De internet ou outras mais.

Nada mais!
Nada nos separaria de animais
Nada, absolutamente nada!

Tornar-nos-íamos novamente
Voltaríamos à semente
Pura e não germinada
Seríamos sempre nada
Tudo que sempre fomos
E nunca aceitamos
Sem enfeites de tecnologia.

E sei que esse dia
Não custará chegar...

Ai, o que será de nós?!
Nós que tememos nos desnudar
Ai, o que será de nós?!
Quando todo o conforto acabar
Nem quero ver!
Talvez já tenha morrido
Mas, sei lá, se pudesse eu assistir...
Iria, quem sabe, morrer de rir
De nossa miséria disfarçada de poder.

Benedito Gomes Rodrigues
Membro da APL

SEM CANSEIRA NO SERTÃO

Sertanejo, de Andréia Sara
Do que eu gosto no sertão
É preciso destacar
São os berros no curral
Um bezerro a reclamar
Uma menina faceira
Um borrego a pinotar

Uma muriçoca doida
Minha perna a pinicar
Um terreiro bem limpinho
Mandioca a descascar
A chaleira lá na trempe
O café a preparar

Mandioca na tigela
Minhas tripas a resmungar
Uma rede no alpendre
E um sol a maneirar
Um ventinho bem rasteiro
O meu corpo a refrescar

Um radinho bem pertinho
Só Dominguinhos a tocar
O que eu quero mais na vida
Se aqui é meu lugar
Sem canseira, sem trabalho
E uma espinha a apertar?

Prof. João Teles
Membro da APL

terça-feira, 23 de julho de 2013

AMAR É O QUE IMPORTA

O mais importante na vida
É amar sem medida
Ame sem preconceito
Pois quem ama
Não vê defeito.

A perfeição das pessoas
Está na capacidade de amar
O amor transforma qualquer ser humano
E alegra qualquer olhar.

É assim que temos que viver
Amando sem medida
Tornando a vida colorida
E alegrando-se em cada amanhecer.

Poesia da estudante secundarista Claudene Teles, do distrito de Araquém.

ALUMBRAMENTO

A poesia é um instante de vida
Ou de passamento
De desesperança ou alumbramento
De dor ou alegria sublime
Carregada de nãos, às vezes sins
E muitos talvezes
É a dúvida
Quase nunca a certeza
É a busca certa
O caminho errado
O amor incerto
Ódio tesão caos plenitude vazio
Revolta ou lucidez
Tudo ou nada
Autosuficientemente
Guiada por algum sentir tênue
Ou destituída de todos os sentires
Poesia simplesmente é
Ou pode apenas
Deixar-me não ser.

Bheron Rocha

segunda-feira, 22 de julho de 2013

LUA CHEIA

Lua
Solitária lua cheia
Esteves ao meu lado
Nas aventuras
Nos namoros
Nas caçadas.

Nunca foste tu aprisionada
Nunca foste tu diminuída
Teu brilho sereno alcança a alma.

Ó lua
Vejo-te tão perto de mim
Serei um lunático por isso?
Por querer-te comigo e sendo teu?
Estamos ligados por algo!

Assim como as marés vão e vem
Irei eu ao teu encontro
Lua dos namorados
Lua dos desvairados
Lua dos sem rumo
Lua dos boêmios
Lua de ninguém.

E nessa sua curva única
Nesse seu trajeto acentuado
Cairei nas profundas crateras
Um dia verás que sim
Que serei teu nem que mesmo em sonho...

Como um dia já fui da lua
E a lua já foi de mim.

Benedito Gomes Rodrigues
Membro da APL

SINA DE SERTANEJO

O sertanejo (dono de terra e gado) é sempre animado com cabra comedor. Geralmente, é homem trabalhador, daqueles que chegam ao pátio da casa do patrão com o desenho do suor no lombo. O sal do suor se encarrega de denunciar o acúmulo de esforços. Dinheiro pouco e bem ganho o daquele homem. De cinco da matina, do quebrar da barra ao início da noite é pau, é chibanca, é pedra, é foice, é machado, é tudo! Tudo pra produzir bens e riqueza pros outros. A honestidade tão mal paga! Sempre foi assim. Desde os tempos de Cabral... e da escravidão, que humilhava, maltratava, anulava,... Mas o sertanejo é forte! E apesar dos contratempos e da injustiça, vive a vida. A seu modo. Às vezes, só com a água no pote. "Mas num pego no alhei!" 

João Teles de Aguiar

terça-feira, 16 de julho de 2013

ARRIVEDERCI ITALIA!

Quando iniciamos o curso de italiano, prometemos que visitaríamos a "Velha Bota" ao final do curso, cuja duração seria de três anos e meio. Mais de dez anos depois, finalmente, a promessa foi cumprida. Auri, minha amada companheira, também fez todo o curso comigo e estava ávida para por em práticas algumas noções da língua de Dante. João Pedro, nosso filho, com cinco anos e meio de idade e muitas milhas percorridas, estava preparado para uma viagem de fôlego à Itália e especialmente curioso para conhecer o jardim zoológico de Roma. 

Depois de uma rápida conexão em Lisboa, chegamos a Roma, num agradável verão de sol que clareava das cinco da manhã às dez da noite, algo demasiado estranho para quem habita próximo ao equador. A exuberância majestosa da "cidade eterna" surpreendeu-me. A despeito da crise econômica que assola alguns países da zona do euro, inclusive a Itália, Roma não nos revelou disparidades sociais consideráveis. A cidade segue imponente seu curso às margens do Tibre, bela, limpa e organizada, preservando seu enorme patrimônio histórico e artístico numa perfeita simbiose com os novos elementos da modernidade. 

Nas ruas centrais da cidade, os poucos pedintes pareciam imigrantes. No mercado informal, predominam os asiáticos, especialmente indianos e bengalis, e africanos subsaarianos. A alta taxa de desemprego no país parece não ter feito os italianos apelarem para o subemprego... 

Dado que a cidade estava repleta de turistas do mundo inteiro, com filas enormes em todas suas atrações, não havia como deter o passo em alguma especificamente. O jeito era dar uma vista d'olhos superficial naquelas que fosse possível visitar. No dia seguinte ao "city tour", finalizado no charmoso bairro de Trastevere, fomos ao Vaticano, conhecer a Praça de São Pedro, os seus museus e a Capela Sistina, inegavelmente um dos maiores patrimônios histórico-culturais da humanidade, independentemente do pendor religioso. No outro dia, ao meio-dia, comparecemos ao Angelus, com o papa Francisco, e depois fomos ao Bioparco, o jardim zoológico da cidade, para uma programação infantil para o João Pedro, e, no final do dia, à fantástica Fontana di Trevi, jogar uma moeda e fazer um pedido, como manda a tradição. 

Na segunda-feira partimos de ônibus para uma maratona de cinco dias pelo centro-norte do país. Nos campos férteis e densamente habitados do rico interior italiano, muito cultivo de girassóis e de tantas outras culturas agrícolas. Cruzamos planícies, vales, o final dos Alpes e os Apeninos. Em cada colina, um casarão simpático no centro de um terreiro largo pontilhado de enormes rolos de feno; em cada curva, um povoado aconchegante encravado no alto das montanhas, algumas vezes ainda cercado por muros medievais. Paisagens definitivamente encantadoras. A primeira parada foi em Florença, cidade berço do Renascimento, movimento cultural que representou a redescoberta do homem e do mundo; capital da Toscana, região cujo dialeto (o fiorentino) resultou na língua italiana moderna; terra de Dante Alighieri, de Leonardo da Vinci e de Michelangelo... Uma cidade que respira cultura, que abriga o Duomo (catedral, em italiano), a mais impressionante obra de arte que os meus olhos já viram; a Ponte Vecchio, sobre o rio Arno, a única que resistiu aos bombardeios alemães da 2.ª Guerra Mundial; muitos museus, um centro histórico exuberante, dentre inúmeras outras atrações, como a famosa estátua de Davi, de Michelangelo. 

No dia seguinte, rumamos para Nice, no sul da França, passando por Pisa, com sua torre inclinada, um colossal campanário em estilo românico, convertido num dos símbolos da Itália, e parando para o almoço na pitoresca Santa Margherita Ligure, às margens do Mediterrâneo, na Riviera Italiana, próxima à grande e desajeitada Gênova (possível terra natal de Colombo). A região litorânea de Ligure é de uma beleza estonteante, muito embora o mar mais pareça um grande açude sem ondas e a praia seja formada por um cascalho afiado que pode até ferir a sola de pés descuidados. Passamos horas depois por Mônico, pelo Casino de Monte Carlo, pelo túnel por onde passa a corrida de Fórmula 1, por algumas lojas de etiquetas afamadas, cujos clientes forcejam por ostentar muito luxo, riqueza e arrogância, imaginando-se a crème de la crème da raça humana. A singular elegância do Principado de Mônaco de certo modo acaba ofuscada pela empáfia de muitos de seus personagens (ricos, inconsequentes e indiferentes), um autêntico insulto à miséria que grassa mundo afora.

Chegamos a Nice já a altas horas, exaustos e famintos, mas, como os restaurantes já haviam fechado as portas, tivemos que nos conformar só com sucos e biscoitos. Acordamos bem cedo na terra natal de Garibaldi (à época incorporada ao reino da Sardenha), recusamos a caminhada na Promenade des Anglais e seguimos, ainda sonolentos, para uma visita a uma fábrica de perfume nos arredores. 

A próxima parada seria Veneza, no Mar Adriático, do outro lado da "Velha Bota", depois de muitas horas de estrada. Antes de chegar à Sereníssima, tangenciamos a cidade de Verona, cenário principal da peça Romeu e Julieta, de Shakespeare. 

Veneza é uma maravilha da humanidade, uma joia singular permeada por uma aura misteriosa de puro romantismo. Os canais estreitos, o casario monumental, a Praça de São Marcos, as catedrais góticas, as gôndolas, os cristais de Murano, as máscaras do famoso carnaval, a luta permanente do engenho e da arte humana para resistir à força poderosa da natureza... Veneza é, enfim, uma cidade mágica, que nos comove e arrepia. Todo ser humano deveria ter o direito de ir ao menos uma vez na vida em Veneza, de passear de gôndola em seus canais, ao som de "'O sole mio", de caminhar por suas pontes, de contemplar o seu pôr do sol... 

Tivemos que deixar La Sereníssima para ir a Roma. No caminho, uma parada em Ravena, para visitar o túmulo de Dante Alighieri, o maior de todos os poetas, autor da Divina Comédia, e outra em Assis, terra de São Francisco, para pagar uma antiga promessa e para tocar na "luce che illuminava il mondo". Num intervalo de menos de três horas, toquei em Dante Alighieri e em Francisco de Assis. Não consegui acreditar, nem conter a emoção. Assis é uma terra santa, onde paira uma forte aura de paz e de amor. Não há como tocar no túmulo do maior de todos os santos e seguir de olhos enxutos. Salve, ó Francisco! Grazie per tutto! 

Novamente em Roma, no dia seguinte fomos ao Coliseu, exuberante e famigerado Amphitheatrum Flavium, palco central da política do panis et circences da Roma antiga, cujos espetáculos resultaram no sacrifício de mais de um milhão de pessoas. Do lado, o Arco de Constantino e as ruínas do Fórum Romano, resquícios da grande civilização antiga que nos fez aprender muito do que atualmente sabemos. 

Os dez dias de Itália deixariam saudade e um aprendizado inesquecível. No geral, os italianos foram educados, solícitos e até simpáticos, malgrado o que comumente se fala. Talvez saber um pouco do idioma tenha ajudado. A resistência do João Pedro surpreendeu a todos. Na excursão pelo interior da península, era a única criança no ônibus e, ainda assim, portou-se melhor do que muitos adultos. Não comeu tanto, mas o suficiente para suportar os dez dias de maratona, bebendo muita spremuta di arancia (suco de laranja). Comemos bastante massa (realmente o italiano come pasta no café da manhã, no almoço e no jantar), tomamos uns bons vinhos, algumas birras (cervejas) e muita spremuta di frutta. Compramos muitas lembranças, algo de Dante, Petrarca e Boccaccio no original, alguns agrados para Auri, que deu aula de organização; outros para João Pedro, pelo comportamento irrepreensível, só não encontramos algum livro de Bobbio e de Del Vecchio, mas tudo bem, fica para a próxima! 

Arrivederci Italia!


Eliton Meneses
Membro da APL

sábado, 13 de julho de 2013

domingo, 7 de julho de 2013

Agora é 45!!!! Yahooooooooooooooo!!!!

Não!!! Não!!! E não!!! Né nada disso que ocês estão pensando não!!! Clique aqui para saber do quê estou a falar

Tenho dito... E sempre!!!