quarta-feira, 12 de junho de 2013

As duas engenharias

Como já relatei em outras mal traçadas linhas, pro atual sistema "muderno" sou um cavalo... E o que é pior: Caindo os dentes. Pois bem.

Este ano fez exatos vinte, vejam bem, eu escrevi vinte... Deixa eu soletrar para ficar bem claro: VINTE...

Pois bem 2: Exatos vinte anos que concluí meu curso superior com graduação na antiga Engenharia Operacional (É o novo!!! Royalties para o jornalista Neno Cavalcante) e de lá para cá nunca mais coloquei os pés numa sala de aula... É aí que o bicho pega... 

Pois bem 3: Sou da época em que fazíamos contas de cálculo estrutural, cálculo de mecânica dos solos dentre tantos outros a lápis e na cabeça. Nem uma calculadora de açougueiro (destas de quatro operações mais porcentagem) disponhamos tamanha era as nossas deficiências financeiras da época...

Pois bem 4: Prancheta adaptada na base de compensado, régua paralela nem pensar, um escalímetro, um conjunto peba de esquadros, duas nanquim 0,4 mm e 1,5 mm para rabiscar os sonhos de um profissional de sucesso na área de construção civil ...

Pois bem 5: Este era o patrimônio adquirido (acrescente aí com muita dificuldade) durante os quatro anos do curso por este agora escriba mor sucupirano... 

Pois bem 6: Hoje ouço de José Ramalho, a música cidadão, clique aqui para ouvir também, e reflito:

Pois bem 7: Sou o operário... E acrescento à lamúria do personagem da melodia a minha indignação com a maneira como a ciência da construção e da edificação que tão se qualificou nestas duas décadas passada fora prostituída nos últimos tempos...

Pois bem 8: Prostituída sim...

Pois bem 9: Senão vejamos:

Pois bem 10: A mesma engenharia que trata das construções e edificações privadas e pública se comporta mais ou menos assim:

Pois bem 11: Nas construções da iniciativa privada a ciência dos meus sonhos é ágil, precisa, econômica e tempestiva. Tudo é feito dentro do mais rigoroso controle de qualidade sem causar transtorno ao cidadão e o que é melhor, no final é útil e da conforto e retorno. 

Pois bem 12: Mas quando o assunto é obras públicas a mesma ciência dos meus sonhos é mercenária, engessada, falsificada, inerte, ineficaz e por aí vai... É de doer, em qualquer coração de um profissional ético no ramo, sentir como se comportam nossos colegas quando o assunto é gestão de obras públicas. O planejamento estratégico e a eficácia adquiridas nos bancos acadêmicos vai pro beleléu .. Nada é concreto... Nem o concreto utilizado... Tudo é descartável e imprestável, para causar danos incalculáveis ao cidadão eleitor contribuinte (Royalties para Hélio Fernandes da Tribuna da Imprensa). Que o digam os brasileiros mais atentos país a fora. A dinheirama gasta no Brasil para patrocinar este circo sem graça chamada copas num sei de quê e nem pra quê...

Pois bem 13: Mercenários de todas as estirpes nestes 8,5 milhões de km², têm enterrado num canteiro de lama sem fim, dinheiro que; se usados como se usa na iniciativa privada, daria para patrocinar não só as copas, mas as cozinhas, os quartos, as salas, garagens, as toilettes e por aí vai...

Pois bem 14: Aí sim... O brasileiro seria bem servido, não só pela engenharia como também por seu estado padastro... Mas infelizmente isso é somente um desabafo que será lido por poucos e não mudará em nada a maneira como coisa anda.

Pois bem...
...
Pois bem...

Pois bem 50: Só a Zebra é a solução...


Tenho dito... E sempre!!! 
Manuel de Jesus da Silva
Membro APL 

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