segunda-feira, 17 de março de 2014

EMBRIAGUEZ POÉTICA

Era Vespertino do dia treze de março de 2014. Quando cheguei ao apartamento onde moro, fui surpreendido por um envelope de cor amarela deixado pelos correios, nele continha um licor adocicado de prosa-poética. Veredas Sinuosas batia a minha porta e desejava me consumir. Fui mais forte e resisti, eu já estava atrasado para ir trabalhar.

Depois que terminei minha aula, por volta das vinte horas, voltava para casa de bicicleta e um frio me batia na barriga. Uma inquietude turbava meus pensamentos. Minha boca enchia-se de água ansiando saborear aquele licor.  Não resisti à tentação, mudei a rota.  

Sentei-me no banco de uma praça, sem Me preocupar com quem estava lá, abri a mochila e retirei aquela bebida. Aos poucos, tomei o primeiro gole, outro gole, mais um gole e de repente estava secando a garrafa, fiquei bêbado de poesia. 

Como todo homem embriagado “chorei, esperneei / Não adiantou. / Nada mudou, / Sem antes mudar eu”. O bom é que eu não estava sozinho, “Do Choro, do Parto”, Benedito caiu aos prantos também. 

Eliton acompanhado de Mário Gomes “travaram um dialogo confuso” na mesa de um bar, próximo do Dragão do Mar. Mário ofereceu um cigarro e Eliton um chope, ambos recusaram e a poesia se deu. Eliton em um “Elogio da Loucura” recordou seu tio Valdemir, um homem que ficou fraco do juízo, porque sua mulher precisou partir. 

Já era tarde da noite e eu precisava ir, levantei-me embriagado, “Andei sem rumo, / E estou a andar / Extasiado, / Com tantos destinos, / Caminhos que o sol / Facilmente me dá!”. 

Messias Pinheiro
Iguatu, trezedemarçodedoismilecatorze.
(Vinteetrêshorasenoveminutos)

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