A imagem nada mais é que o reflexo,
Nítido, desfocado, presente, ausente;
O que se reflete: é visível, ou não!
Ressaltado, apagado, polido, opaco,
Ou pode ser fraco. Claro, escuro,
Murmúrio, tristeza, destreza, fortaleza!
Ou, o que se queira ver,
Ser, parecer, pintar! Assim sendo,
A ilusão daquilo que se vê
Permite imaginar, criar, fantasiar...
Determinar, suspeitar, analisar!
A hipótese, o diagnóstico, o prognóstico,
Carregado, sempre, de profundos detalhes
Viáveis, inviáveis, contraditórios e confusos.
Impertinente foco! Não quer ser visto!
Fragilidade, limitação, lamentação,
Amargura, em vão...
Pertence a imagem que
Propaga-se, e não se apaga,
Nem mesmo ao escurecer.
Essencial presença que,
Ao involuntariamente sorrir,
Colore a imagem, muda o ângulo,
Transforma a figura!
Impertinente foco!
Airla Gomes Moreira Barboza
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