Há quem tome uma. Há quem encha a cara! Há quem peça uma malvada. Outros uma canicilina. Um senhor avisa que vai tomar uma ripada! Outro apenas umazinha... Um homem de poucas palavras pede um gole. O engraçadinho uns carocim! O mais quieto manda um decreto pro garçom: Uma! Um grandalhão, com cara de poucos amigos e muitas outras coisas, pede uma esfria chifres. Já aquele do canto, tímido e com vergonha (na cara dos outros), mostra o polegar e o indicador, medindo (pro balconista) o tamanho da maldade. E não diz palavra. Mas molha a que tem na garganta. Pra quem não gosta muito de balcão e nem de uma bicada, um aviso: eu não falei de cachaça. Mas de povo!
João Teles
Membro da APL
Companheiro João Teles, sempre com seu jeito sucinto de expressar o profundo. Fico às vezes abismado passando por alguns bares de nossos lugares por aí - são os pontos de encontro mais disseminados - e as diferentes formas de agir dos bebuns e outros tipos de frequentantes merecem uma boa análise, ali há, decerto, uma grande cara do humano; o que já vi de bêbados filosofando em suas angústias ébrias dá livro, e olha que sou novinho. Parabéns!
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