Então disse Deus: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os grandes animais de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão".
Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
Deus os abençoou e lhes disse: "Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra! Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem pela terra".
Disse Deus: "Eis que dou a vocês todas as plantas que nascem em toda a terra e produzem sementes, e todas as árvores que dão frutos com sementes. Elas servirão de alimento para vocês.
E dou todos os vegetais como alimento a tudo o que tem em si fôlego de vida: a todos os grandes animais da terra, a todas as aves do céu e a todas as criaturas que se movem rente ao chão". E assim foi.
E Deus viu tudo o que havia feito, e tudo havia ficado muito bom. Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o sexto dia. Gênesis (1-26,31)
Pois bem: Estaria aí nas escrituras sagradas o grande bug da criação?
Não acho que Deus criou o homem para praticar tudo isso aí escrito, mas, se alguém escreveu dizendo que fora o Criador autor de tais heresias, a humanidade acreditou em cheio, e o que vemos ao longo dos milênios é a prática desmedida de tudo isso.
No modesto entender deste escriba-mor sucupirano, Deus criou o espírito do homem à Sua semelhança e lhe deu um envólucro carnal para se aperfeiçoar nas lutas terrenas. Aperfeiçoamento este proporcional ao bem praticado. Mas o que vemos?
O homem a caminhar como que regredindo aos tempos da barbárie, apesar do progresso intelectual... Ele, homem, levou mais que ao pé da letra o significado das palavras "domínio" e "subjugar", ao ponto de, movido por cupidez, ganância, ambição e tantas outras qualidades más, ter, ao longo dos milênios que deveriam ser de paz, harmonia e evolução, milênios de irrigação da terra bendita com o sangue inocente dos irmãos desvalidos...
Começou atirando pedras e paus... Com a descoberta da pólvora, que seria a matéria-prima unicamente para os espetáculos de cores dos fogos de artifício, a maldade humana descobriu que ela poderia impulsionar projéteis mais letais que pedras e paus. E a matança que era secular, mas artesanal, se intensificou quase que semelhante a uma linha de montagem. Triste caminhar da humanidade. O livre arbítrio que o homem filho de Deus recebera do Pai e Criador rumara para os tristes mananciais sangrentos das lutas injustificadas cuja história está aí para contar.
Poucos avanços houve de lá para cá... Algumas convenções sobre direitos humanos, pensadas após o advento da Revolução Francesa, não foram suficiente para acalmar os ânimos egoístas e malignos...
Mas não dar mais para esperar! É preciso urgentemente clamarmos em uma só voz e em todos os idiomas conhecidos e falados pelo homem ao redor do planeta: "- Parem a matança!!! Parem!!!"
Para isso, que tal começarmos fazer circular mundo a fora um S.O.S clamando pela contenção da fabricação de armas de fogo? Se parássemos a fabricação de projéteis em geral hoje, em um mês o estoque ficaria zero, e por ter perdido a prática de brigar com pedras e paus, quem sabe a humanidade não se daria as mãos e num grande abraço fraterno diriam em uníssono: "- Meu irmão! Vamos nos proteger de nós mesmos?"
Tenho dito... E sempre!!!
Manuel de Jesus da Silva
Presidente da Academia Palmense de Letras - APL
Grande texto, presidente! É preciso urgentemente a humanidade inteira dar as mãos para conter os sanha sanguinária da poderosa indústria de arma de fogo!
ResponderExcluirContra tudo que produz riqueza a partir da morte, contra a exploração do homem pelo homem, contra a ganância e o ódio! Paz e luz, irmão! Parabéns pelo texto!
ResponderExcluirObrigado aos amigos imortais da APL Eliton Meneses e Benedito Gomes, façamos então esta epístola de manepa aos terráqueos circular o mundo e quiçá plantemos uma semente para um mundo melhor!!!
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