terça-feira, 24 de dezembro de 2013

HUMANO AGORA

Chore e deixe o vento enxugar as lágrimas, e que o sal arda em seus olhos para saber o gosto de enxergar a própria miséria. E aí, quando não mais possuir as coisas que julgou tão necessárias, quando perceber que nenhuma delas era sua, poderá, quem sabe, se sentir mais livre ou mais leve, com menos um fardo que lhe logravam aquelas expectativas mesquinhas que você alimentou. 

Não adiarei mais nem o sorriso, nem o choro, ou a mistura dos dois - a mais exasperada de todas - para ser humano agora, com todas as vicissitudes e seus diferentes sabores de ser gente.

Benedito Rodrigues

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