Sempre gostei de relembrar o meu tempo de criança... Faço isso com o intuito de observar aquilo que fiz ou deixei de fazer, rever os ensinamentos de meus pais, as provações, as conquistas, etc. Nessa andança pelo labirinto de minha mente, encontrei algo interessante que praticava com meus irmãos e, às vezes, com alguns colegas.
Trata-se de nossa caçada aos calangos, um tipo de lagarto que encontramos em fendas, buracos ou no telhado das casas. Nós o pegávamos não com o objetivo de lhes tirar a vida, mas somente para nos divertir com a captura, soltando logo depois.
O meio utilizado para pegá-los é o que mais chama atenção. Afinal, como aprisionar o lagarto sem machucá-lo? Então elaboramos uma armadilha que sofreu o seguinte processo: no matagal cortávamos uma vara de dois metros de cumprimento, de preferência sem curvatura; com um saco de ráfia (aqueles utilizados para transportar alimentos) nas mãos, tirávamos uma linha e formávamos um laço que era colocado na ponta da vara. A armadilha se parecia muito com uma vara de pescar, só que ao invés do anzol se tinha o laço.
Com a vara nas mãos a captura era simples. No entanto, exigia do manuseador destreza e muita paciência, sem as quais tornaria difícil obter o resultado planejado. Alguns calangos mais espertos fugiam, deixando a brincadeira mais legal.
Essa é uma parte de minha vida da qual não esquecerei e que, com orgulho, compartilho com vocês.
Hélio Costa
Araquém, Coreaú - CE
Era assim que meus parentes sofriam... Rsrsrsrs
ResponderExcluirA meninada que eu acompanhava nas andanças pelo regato não capturava calangos, simplesmente cortava o rabo dos coitadinhos, que seguiam cotós, padecendo intensa dor...
ResponderExcluirCom certeza, Eliton Meneses, essa meninada desconhecia a importância que os calangos representam para o equilíbrio ambiental. Uma pena!
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