domingo, 1 de dezembro de 2013

ONDAS


Ó vagas do mago vidente; 
Fúria inclemente do mar; 
Sinal de abismo iminente; 
Tropel de imenso cismar! 
De penas, a terra coberta, 
Num sopro irá se afogar; 
Ressoa o clarim de alerta: 
No cosmo, voraz renegar! 
O tempo é estrela cadente; 
Em terra anúncio de morte; 
Nos sinos, há lúgubre soar. 
Ao homem, no fim aparente, 
Lhe resta o bafejo da sorte: 
Da corrida aprender a voar.

Eliton Meneses

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